Uma investigação de roubo, adulteração e receptação de veículos feita pela Delegacia da Polícia Civil de Esteio resultou na prisão de dois homens com farto material com identificação das polícias civil e federal.
Uma das roupas encontradas, que é camuflada, é semelhante a que ladrões usaram em dezembro do ano passado em um ataque a carro-forte em Guaíba. Na ocasião, vestidos de policiais, eles também tripulavam uma falsa viatura. Conforme a polícia, a dupla agora será investigada por assalto a banco ou carro-forte.
Na casa em que os suspeitos estavam foram achados miguelitos (pregos retorcidos), capas de coletes balísticos, oito brasões da Polícia Civil e brasões do Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic) — tags que são grudadas nas roupas —, coldres, camisetas pretas e máscaras de proteção da covid-19 com brasão da Polícia Federal e giroflex. Não foram encontradas armas com a dupla. Um veículo foi apreendido.
Policiais de Esteio cumpriram buscas na manhã desta quinta-feira (19) em uma casa no bairro Mato Grande, em Canoas. A ação é continuação de um trabalho sobre adulteração e receptação de carros. Nos últimos dias, três veículos já haviam sido recuperados.
A polícia não revela os nomes dos investigados, mas GZH apurou que no local estavam Jorge Luis Vidal Pacheco e Sérgio Batista Pacheco. Um deles tem antecedentes por furto.
Conforme a delegada Luciane Bertoletti, titular da DP de Esteio, havia suspeitas de o lugar ser usado para esconder carros roubados e fazer adulteração.
— Fomos ao local para dar sequência a este trabalho de adulteração e receptação. O material apreendido costuma ser usado em ataques a bancos ou carros-fortes. Agora, vamos investigar o possível envolvimento deles.
GZH tenta contato com os advogados da dupla detida para contraponto.