Quatro homens armados foram presos dentro de um carro com placas clonadas, na Avenida Castello Branco, em Porto Alegre, no final da noite de segunda-feira (4). Segundo a Brigada Militar, o grupo estava com quatro pistolas e foi abordado após o veículo ter sido detectado pelo cercamento eletrônico.
A quadrilha é suspeita de ter ligação com uma das facções que estão em conflito na cidade desde o dia 15 de março — o que já deixou ao menos 13 pessoas mortas e cerca de 20 feridas. Outros quatro homicídios que estão sendo apurados também podem ter relação com a disputa entre as organizações criminosas, uma com base na Vila Cruzeiro, na Zona Sul, e outra no Vale do Sinos.
Os quatro homens, todos com antecedentes criminais, foram apresentados na manhã desta terça-feira (5) ao Departamento de Homicídios da Capital. Os agentes, responsáveis por vários inquéritos que apuram as mortes decorrentes desta guerra recente entre facções, informam que os detidos podem estar ligados a alguns dos assassinatos registrados na cidade.
O trabalho agora é buscar provas, e o primeiro passo será ouvir os presos — que não tiveram os nomes divulgados. Uma questão já é certa, segundo a polícia: eles estariam se preparando para um novo ataque.
— A prisão deles provavelmente evitou mais mortes ou feridos na Capital — disse a diretora do Departamento de Homicídios, delegada Vanessa Pitrez.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta terça-feira, o novo secretário da Segurança, coronel Vanius Santarosa, destacou que a abordagem foi precisa devido ao flagrante feito pelo cercamento eletrônico. Segundo ele, 14 suspeitos já foram detidos desde o início dos ataques.
Santarosa também destacou que será reforçado o efetivo nas áreas conflagradas por esta disputa, principalmente as regiões da Vila Cruzeiro e dos bairros Medianeira e Cascata, com policiamento especializado. Entre eles, os batalhões de Choque e de Operações Especializadas.