O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou por mais 60 dias, contados a partir desta quarta-feira (23), o emprego da Força Nacional na terra indígena de Nonoai, localizada no norte do Rio Grande do Sul. A portaria que autoriza a prorrogação foi publicada no Diário Oficial da União.
O emprego da Força Nacional vem sendo implementado nesta e em outras terras indígenas da região, após registros de violência praticados contra indígenas. Os problemas que vêm ocorrendo na área — inclusive de assassinatos de lideranças — têm sido denunciados pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Segundo a entidade, há também registros de indígenas espancados e aprisionados. "Tudo para saciar a saga do lucro e da ganância sobre os bens indígenas", informou o Cimi ao criticar, em outubro, os arrendamentos que vêm sendo feitos nesses locais.
Em novembro, um indígena de 23 anos da Aldeia Pinhalzinho foi morto na terra indígena de Nonoai. De acordo com o Cimi, o assassinato está ligado aos conflitos gerados no território em decorrência da prática do arrendamento.