Pouco mais de dois meses após o crime, a Polícia Civil está perto de fechar uma investigação de um sequestro e de um homicídio, além de uma tentativa de execução, ocorridos dia 18 de dezembro do ano passado em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Apesar de não poder informar ainda a motivação, o titular da Delegacia de Homicídios da cidade, delegado André Serrão, disse nesta segunda-feira (21) que descartou latrocínio - roubo com morte - e que o alvo não era Fernanda Aparecida da Silva, 31 anos, e sim o companheiro dela.
A mulher não tinha passagens pela polícia e teria sido morta por ser testemunha, já que estava junto com o companheiro no dia do sequestro. Para Serrão, o companheiro dela estava sendo procurado e conseguiu escapar dos criminosos.
Um dos bandidos está preso e pelo menos mais um é investigado. Para Serrão, não foi configurado roubo, apesar do carro e dos documentos das vítimas terem sido levados pelos suspeitos. Para o delegado, a ideia inicial era não deixar pistas, e que provavelmente os pertences do casal seriam destruídos após a execução.
Há praticamente dois meses, o casal foi sequestrado quando comprava um carro em São Leopoldo. O homem, que tem antecedentes criminais por ameaça, conseguiu sair do veículo ainda em movimento e fugiu com poucos ferimentos. O corpo de Fernanda foi encontrado no bairro Arroio da Manteiga, com perfurações devido disparos de arma de fogo.
Um homem foi preso no município um dia depois do sequestro e estava com o carro e documentos das vítimas. Pelo menos mais um investigado é procurado, mas não se descarta o envolvimento de mais uma pessoa, que seria o possível mandante do crime.
O delegado Serrão não está divulgando o nome da vítima que sobreviveu por questões de segurança. Ele também não está informando sobre a motivação do homicídio e da tentativa de assassinato para não prejudicar a investigação. Segundo o delegado, já há provas suficientes para confirmar a execução e, em breve, essas informações serão divulgadas.