A Polícia Civil investiga a morte de um motorista de aplicativo ocorrida sábado (18) em Xangri-lá, no Litoral Norte. Apesar de já ter indícios de que ocorreu uma execução, o titular da delegacia da cidade, delegado Roland Short, descartou nesta terça-feira (21) qualquer possibilidade de latrocínio (matar para roubar). O inquérito instaurado apura homicídio motivado pelo tráfico de drogas.
De acordo com a apuração, Paulo Artur Iung dos Santos, 33 anos, foi assassinado após ser acionado para uma viagem de Tramandaí até Terra de Areia na madrugada do último sábado. Short diz que ele levou vários tiros, mas aguarda a perícia para confirmar o número exato de disparos. Além disso, nada foi levado da vítima, como dinheiro, celular e o próprio veículo.
A polícia ainda busca pela identificação do suspeito, mas não descarta o envolvimento de mais pessoas. Imagens de câmeras de segurança foram obtidas e analisadas, contudo, não eram nítidas e também devem ser encaminhadas para perícia com o objetivo de tentar a identificação dos criminosos.
O homicídio teria tido como motivação, de acordo com o delegado, uma desavença envolvendo tráfico de drogas. Short cita que a vítima teria se envolvido com uma facção criminosa e teria sido executada por ter desrespeitado um acordo sobre compra e venda de entorpecentes. Por enquanto, mais detalhes não podem ser divulgados para não prejudicar a investigação, diz o delegado.
O motorista de aplicativo estava em liberdade condicional e tinha antecedentes criminais por homicídio, roubo e tráfico de drogas.