Uma semana após a morte de Cristiane da Costa dos Santos, 20 anos, em uma parada de ônibus na Avenida Chuí, em Porto Alegre, frequentadores do local afirmam que notaram aumento na fiscalização do espaço, mas relatam insegurança. A investigação sobre a morte da jovem segue em andamento. Nesta quinta (30), a polícia divulgou que prendeu uma mulher suspeita de dirigir o veículo usado no roubo.
Frequentador da parada há alguns meses, José Victor Santos da Conceição, que trabalha perto do local, conta que observou que o espaço está mais iluminado. As luzes na parada acendem quando escurece, e os refletores do Barra Shopping Sul, logo ao lado, também estão posicionados para o ponto. Antes, o local ficava as escuras, afirma.
Conceição conta que foi assaltado, em julho, em uma parada perto do local. Na ocasião, dois homens pararam um veículo no ponto, recolheram carteiras e celulares de quem aguardava ônibus e depois fugiram. Ninguém se machucou.
— Foi quando eu comecei a vir para essa parada, que é mais movimentada, mas aqui também tem muitos relatos de assalto. Notei que tem viaturas por aqui nos últimos dias, estacionadas perto da parada. A gente espera que continue assim.
Outra frequentadora da parada, Deise Santos da Silva também relata que o policiamento em torno do local aumentou, mas diz que, para garantir a segurança na região, uma série de problemas precisariam ser sanados:
— A demora dos ônibus é um ponto. Eu estou há 40 minutos aguardando. Se não demorasse assim, se ele viesse no horário que está previsto, nós não ficaríamos tanto tempo aqui expostos. Eu notei que tem mais fiscalização, mas a gente percebe que é fogo de palha. Daqui a pouco, esquecem o que aconteceu e ninguém mais está aqui — afirma Deise.
Na noite desta quinta, quando a reportagem de GZH esteve no local, uma viatura da Brigada Militar (BM) estava posicionada de costas para a parada em um canteiro junto da Avenida Diário da Notícias. Para alguns dos frequentadores do espaço, essa distância não garante a segurança do ponto.
Dois policiais que estavam na viatura e preferiram não se identificar afirmam que a presença da equipe na região tem a função de coibir assaltos, e que a distância está adequada para atender o local. GZH entrou em contato com o 1º BPM, que atende a área, para contraponto, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Uma equipe da EPTC também estava no local, com uma viatura estacionada ao lado da parada. O trabalho dos agentes, no entanto, era de observar a lotação dentro dos coletivos e ocorre em vários locais da cidade, não tendo relação com a segurança no espaço.