O primeiro julgamento de um dos réus envolvidos no sequestro e execução de Nicolle Brito Castilhos, 20 anos, ocorrida em 2017, em Cachoeirinha, será em 28 de setembro na 1ª Vara Criminal do Foro do município. José Carlos Rios Filho vai a júri em processo separado. Outros dois réus, o mandante do crime e a companheira dele, são acusados em outro processo que ainda não tem data para julgamento.
Os três respondem por homicídio doloso e destruição de cadáver. O assassinato é agravado por motivo torpe, mediante dissimulação e com emprego de tortura.
O crime ocorreu há quatro anos, quando, na ocasião, a jovem foi vista pela última vez e, desde então, o corpo nunca foi localizado. Imagens mostraram que a vítima entrou em um carro após sair de casa, em Cachoeirinha, e, na sequência, aparece um clarão, como um disparo de arma dentro do veículo. Os outros dois réus são Michel Renan Bragé de Oliveira, apenado, e Tamires Modesto dos Santos. O homem é considerado um dos criminosos mais perigosos do Estado e apontado como mandante.
Segundo a acusação, ele determinou a morte de Nicolle por vingança, convencido de que ela havia contado a rivais o endereço onde estava um comparsa de sua facção, que acabou assassinado com a companheira dias antes do sumiço da modelo. Tamires, a namorada do detento, teria conseguido o endereço de Nicolle e "instigado" o criminoso a ordenar a execução.
Na época do caso, Oliveira estava no Presídio Central de Porto Alegre. Ele também é acusado de outros homicídios, como o da menina Alice Beatriz, de um ano, morta com o pai e a mãe após uma festa de aniversário em Porto Alegre, em setembro de 2018. Em relação à defesa de Rios, que vai a júri no final de setembro, GZH tenta contato com o advogado que consta no processo. Contudo, ele não disponibilizou e-mail e telefones no site da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).