O Ministério Público denunciou nove pessoas pela suspeita de participação na tentativa de roubo à residência do gerente de um posto de combustíveis na Rua Floriano Peixoto, no centro de Santa Maria, no dia 28 de julho. Os crimes apontados são tentativa de assalto, associação criminosa, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo, já que o carro que era usado pelo quarteto era roubado e estava com placas clonadas.
Além disso, há o indiciamento também por corrupção de menores. Duas suspeitas são adolescentes, de 15 e 17 anos, e responderão a um procedimento de ato infracional análogo aos mesmos crimes cometidos pelos adultos. Elas foram recrutadas pelo grupo e forneceram armas e lugar para o quarteto ficar antes do assalto.
O inquérito havia sido remetido pela Polícia Civil na última sexta-feira (20) ao MP, que acatou todos os indiciamentos propostos. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, mas um deles é um homem de 37 anos, filho da vítima, e há dois detentos que cumprem pena em Montenegro, no Vale do Caí.
Quatro pessoas foram presas em flagrante no momento em que tentavam praticar o assalto. Conforme a investigação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil, o filho da vítima seria o autor intelectual do crime.
Segundo a delegada Alessandra Padula, ele admitiu a autoria durante seu depoimento. O filho da vítima seria responsável por receber o carro três dias antes e entregá-lo aos quatro criminosos no dia do assalto. Ele também teria dado uma espécie de sinal ao quarteto.
Com o pretexto de dar um "oi" ao pai, ele teria deixado o portão aberto ao sair. Logo após, quando iriam cometer o crime, os quatro assaltantes foram presos pelos policiais civis que estavam de campana. A Polícia Civil já tinha a informação de que o assalto tinha sido planejado e seria executado.
O filho da vítima alegou que foi coagido a organizar o assalto por um dos criminosos que está preso em Montenegro, com o qual teria dívida por drogas. A prisão dele foi solicitada pela delegada, mas como não tinha antecedentes, tem residência e trabalho fixos e confessou o crime, foi negada pela Justiça.
Segundo a Polícia Civil, as duas adolescentes de 17 anos teriam atuado fornecendo armas e também lugar para os criminosos ficarem, já que eles chegaram à cidade dias antes.