Após quatro meses de investigação, a Polícia Civil desarticulou na manhã desta sexta-feira (30) uma quadrilha que furtava e roubava veículos principalmente em Canoas. Foram presos os quatro líderes do grupo que realizava, em média, cem furtos e roubos por mês — incluindo os pertences e sem levar o automóvel. A investigação apura que houve ainda casos em outras cidades da Região Metropolitana.
Os agentes descobriram que o grupo gravava vídeos das vítimas antes dos ataques e deles mesmos após os crimes falando sobre dinheiro, uso de máscaras e ângulos de alcance de câmeras de vigilância. Foram localizadas dezenas de mensagens em áudios e textos sobre os roubos e furtos, além de ferramentas para abrir os veículos e equipamentos para desbloquear sinal de alarmes.
O titular da 1ª Delegacia de Canoas, delegado Rafael Pereira, responsável pela investigação, diz que um vídeo gravado pelos ladrões mostra que um deles entra em três carros no espaço de tempo de apenas um minuto e meio. Os locais escolhidos para os crimes eram estacionamentos de shoppings e supermercados em Canoas, mas também está sendo apurado ações criminosas em outras cidades próximas.
— Reunimos dezenas de provas, áudios, prints de conversas e vídeos, além de monitoramento, e, agora, com a operação, conseguimos apreender dezenas de chaves, equipamentos como o "chapolim", para desbloquear sinal de alarme, além de dinheiro, celulares e radiocomunicador — afirmou.
Os quatro líderes presos, que não tiveram os nomes divulgados, têm antecedentes criminais por furtos e roubos de veículos, além de receptação e organização criminosa. A polícia tenta localizar as vítimas e identificar os receptadores dos produtos e veículos levados.
A Operação Parking contou com aproximadamente 60 policiais que cumpriram quatro mandados judiciais de prisão e seis de busca e apreensão.
— Nas mídias analisadas, os alvos orgulham-se de seu comportamento socialmente lesivo, enaltecendo sua ações criminosas. Estamos procurando mais suspeitos, principalmente os receptadores, mas o mais importante será ouvir as vítimas, são centenas, para identificar os presos e os objetos furados, além da confirmação dos veículos que foram levados pelo grupo criminoso — ressalta o do diretor da 2ª Delegacia Regional Metropolitana, delegado Mario Souza.
Os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional. A investigação da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas continua e o inquérito deve ser remetido à Justiça nos próximos dias.