A Polícia Civil dedicou parte do fim de semana a tentar localizar imagens de câmeras de monitoramento que mostrem os autores do assassinato de Suzette Scheffer, 41 anos. Merendeira de uma escola na Zona Norte de Porto Alegre, ela foi morta perto de casa, no bairro Sarandi, quando se preparava para pegar um ônibus na Avenida Toledo Piza, perto de onde residia. Ela iria fazer compras com um filho, de 16 anos, que assistiu ao crime.
Suzettte foi abordada por tripulantes de uma pick-up branca e com listras vermelhas e amarelas na lateral, modelo Saveiro. O homem que estava de caroneiro desceu do veículo e anunciou um assalto, conforme testemunhas.
Suzettte, que pesquisava horário do ônibus, entregou o celular que portava. Mesmo assim, o assassino disparou, acertando um tiro no peito da merendeira, que morreu no local. Os dois autores do crime fugiram na caminhonete, levando o telefone.
O delegado que compareceu ao local do crime, Luís Firmino (da 3ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre), diz que tudo aponta para assalto, mas nenhuma hipótese está descartada. Os policiais checam se Suzette tinha algum histórico de desavenças com alguém.
— Nada indica isso, mas tudo tem de ser conferido — justifica o delegado.
A investigação passou para o titular da 12ª Delegacia de Polícia (bairro Sarandi), delegado Marcelo Kaner, que tenta localizar imagens do crime.
Suzette, que deixa três filhos, trabalhava há décadas no Colégio Estadual Rubem Berta.
O Centro Estadual dos Professores (Cpers-Sindicato) distribuiu nota no qual lamenta a morte de Suzete e reproduz frase da vice-diretora da escola, Cláudia Tozzi:
“A Suzette era uma cozinheira de mão cheia e muito querida por todos os colegas e alunos do colégio”.