Na quinta-feira (28), o Ministério Público (MP) cumpriu mandados de busca e apreensão em Cachoeirinha para apreender mais provas sobre uma suposta irregularidade envolvendo o vereador Juca Soares(PSD). Ele é suspeito, segundo a investigação, de ter a campanha eleitoral financiada por uma facção criminosa. A assessoria jurídica ainda irá se pronunciar oficialmente, mas negou nesta sexta-feira (29) qualquer tipo de envolvimento.
A ação conjunta entre MP e Brigada Militar cumpriu mandados de busca no município para apurar a suspeita de ligação do parlamentar com a organização criminosa que tem base na zona leste de Porto Alegre. Na ocasião, foram apreendidos documentos, celulares e outros equipamentos que serão anexados à investigação após análises.
O promotor Eleitoral de Cachoeirinha, Marcelo Bertussi, não divulgou o nome do vereador. GZH apurou com fontes e com a própria assessoria jurídica de Juca Soares. A investigação conta com apoio do Núcleo de Inteligência do MP, coordenado pelo promotor Marcelo Tubino.
Defesa
O assessor jurídico Denis Rogério, do vereador Soares, disse que teve negado temporariamente pela Justiça o acesso aos autos porque a investigação continua, como a realização de algumas diligências.
— Qualquer outra afirmação agora seria precipitada, até porque não sabemos as origens das denúncias — explicou.
Rogério confirmou que houve, na quinta-feira, um mandado de busca na casa do parlamentar eleito em 2020 e que está à disposição do Poder Judiciário, garantindo que foi uma campanha aberta e limpa. Disse também que tudo será comprovado com o tempo.
Ex-vereador preso
No início de dezembro do ano passado, o ex-vereador Manoel D´Ávila (PV) foi investigado após ser preso em Cachoeirinha durante apreensão de 600 quilos de drogas. Segundo a Polícia Civil, é apurado o envolvimento do parlamentar com outra facção, que tem base no Vale do Sinos. GZH ainda não conseguiu contato com o investigado.