A Justiça da Comarca de Planalto acolheu o pedido da defesa de Alexandra Dougokenski, denunciada pela morte do filho, Rafael Winques, e proibiu o uso do interrogatório realizado no dia 27 de junho frente ao júri. A decisão ocorreu após a juíza Marilene Parizotto aceitar os argumentos dos advogados de que a ré estaria bastante debilitada durante o procedimento.
Ainda referente ao interrogatório, a magistrada encaminhou uma cópia dos autos à Corregedoria da Polícia Civil para analisar se é caso de instaurar procedimento administrativo para averiguação de eventual prática de abuso de autoridade pelos delegados do caso.
A defesa de Alexandra também havia solicitado a revogação da prisão preventiva ou a substituição por medida cautelar diversa, como o monitoramento eletrônico. No entanto, o pedido foi negado e a ré seguirá detida. Conforme a magistrada, a manutenção da prisão ocorreu após a análise do perfil de Alexandra durante o período de investigação até o momento atual.
Parizotto também considerou o depoimento de familiares, que confirmaram que, em outras oportunidades a acusada mudou de endereço sem deixar pistas. Para a juíza, “o comportamento da acusada até o momento, e que foi acima exposto, demonstra que as medidas cautelares diversas da prisão são ineficazes para garantir o normal funcionamento da Justiça através do processo”.
Procurado por GZH, o Ministério Público Estadual confirmou que irá recorrer da decisão proferida nesta segunda-feira (4).