A Polícia Civil informou nesta quarta-feira (30) que ouviu na terça-feira (29), no fim do dia, um dos alvos dos tiros que mataram Cíntia Rosa da Silva, 29 anos, educadora que estava grávida. Ela foi vítima de bala perdida na segunda-feira (28), quando se deslocava por uma via pública do bairro Santa Tereza, zona sul. Criminosos em um carro atiraram em dois homens, que também foram baleados, mas sobreviveram. O sepultamento de Cíntia ocorreu no cemitério Jardim da Paz, zona leste.
A delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios da Capital, disse que o nome da vítima que foi alvo dos atiradores é mantido em sigilo por questões de segurança. No entanto, as informações repassadas por ele confirmam a linha de investigação da Polícia Civil: tráfico de drogas.
— Ele disse que estava no local quando um carro escuro se aproximou, as portas se abriram e foram desferidos disparos, declarou ter saído correndo, não vendo quem eram os autores e alegou ser usuário de drogas. Comentou ser amigo da outra vítima sobrevivente e que não o teria visto no local — disse Roberta.
A delegada ainda informou que a vítima disse não ser envolvida com o tráfico e destacou acreditar que o fato tenha se dado por conta de disputa de facções rivais. Segundo Roberta, tudo está sendo apurado, mas o homem tem antecedentes criminais, assim como outro baleado, e informações em apuração apontam sobre envolvimento deles com a venda de drogas. O depoimento do segundo homem que também foi alvo dos disparos ainda não foi marcado.
Os tiros foram próximos a um local que é ponto de tráfico na região. A polícia já obteve uma imagem de câmeras de segurança, mas somente aparecem pessoas correndo após os tiros, nenhuma delas envolvida no caso. Uma equipe busca por mais vídeos do fato, assim como informações do veículo usado pelos atiradores. A polícia ainda não tem suspeitos do crime.
Sepultamento
O sepultamento de Cíntia ocorreu no final da manhã desta quarta-feira no cemitério Jardim da Paz. O bebê de sete meses, que acabou falecendo na terça-feira após cesariana, também foi sepultado. A menina se chamava Lívia. De acordo com familiares, Cíntia havia saído para comprar pão em um estabelecimento na Rua Orfanotrófio quando foi atingida por um disparo pelas costas. Ela deixa o companheiro, um filho de 11 anos e uma filha de 12.