O motorista de aplicativo Celso Antônio Gasparetto, 56 anos, foi encontrado morto na segunda-feira (21) em um matagal no interior de Encantado, no Vale do Taquari. A Polícia Civil investiga o crime.
No começo da tarde de domingo (20), ele foi acionado para fazer uma corrida de Guaporé, no Norte, até Encantado. Na manhã do dia seguinte, o veículo do motorista, um Cobalt preto, foi localizado abandonado com as portas abertas próximo a Lagoa da Garibaldi, no município do Vale do Taquari, sem sinais de violência ou marcas de tiros.
A partir da localização do carro, colegas da vítima conseguiram identificar o sinal do celular de Gasparetto por meio de uma ferramenta do aplicativo na localidade de Linha Cedro. Encontraram o telefone e a carteira, concentraram as buscas em um matagal e acharam o corpo a 300 metros do ponto onde os objetos haviam sido deixados. O motorista foi atingido com pelo menos seis disparos de pistola calibre 9mm. Os tiros estavam concentrados na nuca e na parte traseira da cabeça.
— Pela dinâmica do que aconteceu, trabalhamos com a hipótese de execução, embora, neste início de investigação, não afastamos por completo a possibilidade de latrocínio. Nosso grande desafio é desvendar a motivação e a autoria. Ele era de Guaporé e não tinha vínculo com Encantado. Não tinha antecedentes. É um crime que foge do padrão convencional. Não sabemos se ele trouxe alguém de Guaporé a Encantado. Ou se veio até Encantado buscar alguém. O que sabemos é que, a partir do final da tarde de domingo, a família e os colegas começaram a dar falta dele, ligavam e ele não atendia — afirma Augusto Cavalheiro Neto, delegado de Encantado.
A família do motorista chegou a ir atrás de Gasparetto no Vale do Taquari e registrou ocorrência na noite de domingo na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) de Lajeado. A distância de nove quilômetros do local onde o veículo foi deixado, próximo a Lagoa Garibaldi, até o ponto onde o corpo foi encontrado, na Linha Cedro, também intriga o delegado. A polícia está em busca de câmeras de segurança que pode ter registrado a movimentação do crime. Nos próximos dias, os familiares da vítima também serão ouvidos. Gasparetto deixa esposa e um filho.