Pouco mais de um mês depois do assalto com reféns na residência do prefeito Alex Contini (PP), de Cidreira, a Polícia Civil conseguiu identificar os criminosos e realizar, nesta terça-feira (4), operação para prender os suspeitos de serem integrantes da quadrilha.
Cerca de 30 agentes cumpriram seis mandados de prisão — além de buscas — no município do Litoral Norte, e também em Cachoeirinha, Porto Alegre e Novo Hamburgo. Conforme a investigação, o grupo também atacou, três dias após o assalto, a casa da ex-esposa do chefe do Executivo de Cidreira.
Até as 7h30min, três suspeitos haviam sido presos, sendo dois em Cachoeirinha, durante a manhã desta terça-feira, e um em Santa Catarina, na noite de segunda-feira.
De acordo com o delegado Alexandre Souza, responsável pela delegacia de Cidreira e pela investigação, a prisão no Estado vizinho foi necessária para evitar possível fuga do suspeito. Três homens são considerados foragidos.
— Esses ladrões, além de assaltar a casa do prefeito e de familiares, também roubaram outros locais no Litoral e depois gastavam todo o dinheiro com bebidas e festas particulares em motéis da Grande Porto Alegre — ressalta Souza.
Além dos assaltos nas residências de Contini e familiares, a quadrilha da Região Metropolitana é investigada por outros roubos e furtos a casas no Litoral, principalmente em Cidreira e Balneário Pinhal, além de um supermercado em Capão da Canoa.
Residência do prefeito
No dia 28 de junho deste ano, quatro homens armados e encapuzados invadiram a casa de Contini durante jantar envolvendo oito pessoas — amigos e familiares. Souza ressalta que todos foram amarrados durante o roubo.
Os ladrões fugiram levando um carro do prefeito, além de dinheiro, objetos e demais pertences das vítimas. Três dias depois, a mesma quadrilha, em ação semelhante, invadiu a residência da ex-esposa do prefeito de Cidreira. Ela e os filhos de Contini foram feitos reféns durante o assalto. Os criminosos fugiram levando o carro da vítima com dinheiro, joias e vários objetos roubados.
Segundo Souza, um morador de Cidreira repassava as informações das vítimas para os comparsas da Região Metropolitana. A polícia descarta qualquer motivação política nos crimes.
Os nomes dos suspeitos presos não foram divulgados porque a investigação e as buscas aos foragidos continuam. Os veículos roubados de Contini e da ex-esposa ainda não foram localizados.