Cerca de 40 policiais civis cumpriram, na manhã desta quinta-feira (13), mandados judiciais contra uma quadrilha investigada pela explosão de uma agência do Banrisul na cidade de Segredo, no Vale do Rio Pardo, em março. Conforme a apuração, alguns integrantes do grupo também atacaram outro banco, dois meses antes, com uso de explosivos em Paraíso do Sul, na Região Central.
Além de buscas e prisões em Soledade, no Norte, e em Barros Cassal, na região do Alto da Serra do Botucaraí, a polícia obteve o bloqueio judicial de várias contas bancárias dos criminosos.
A investigação é do delegado João Paulo de Abreu, da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). GaúchaZH apurou que foram obtidos nove mandados de busca, um de prisão preventiva e dois de prisões temporárias.
Abreu ressalta que também obteve o bloqueio judicial de contas bancárias dos suspeitos, que, juntas, somam mais de R$ 143 mil. Por decisão judicial, o delegado afirma que não pode passar detalhes da operação, principalmente em relação ao número de presos.
Ataque no Vale do Rio Pardo
No dia 6 de março deste ano, um grupo criminoso atacou uma agência do Banrisul em Segredo, explodindo parte do banco e um caixa eletrônico. Os criminosos também fizeram um morador refém durante a ação, ocorrida na madrugada. A vítima não ficou ferida e foi solta logo depois do crime.
O grupo, formado por cinco pessoas - de acordo com relatos de moradores -, quebrou os vidros da única agência do Banrisul da cidade, com as paredes do prédio ficando marcadas de tinta devido ao equipamento antifurto que mancha as notas em caso de roubo.
Ataque em Paraíso do Sul
Pelo menos quatro homens atacaram, com explosivos, a agência do banco Bradesco no município de Paraíso do Sul, na madrugada do dia 9 de janeiro. Segundo a Brigada Militar, os criminosos estavam armados e encapuzados, efetuando disparos para o alto antes de explodirem um caixa eletrônico. Em seguida, fugiram pela RS-287.
O diretor do Deic, delegado Sander Cajal, informa que os suspeitos são investigados por outros ataques a bancos com uso de explosivos no Rio Grande do Sul, mas que também não pode passar detalhes sobre a operação deflagrada nesta quinta-feira.
— É uma decisão judicial em relação a esta operação, foi decidido que não poderiam ser repassadas informações para a imprensa — explica Cajal.
GaúchaZH entrou em contato com o Tribunal de Justiça sobre a decisão do juiz Diogo Bononi Freitas, da Comarca de Sobradinho. A informação repassada pelo magistrado foi que "o sigilo do caso é inerente e imprescindível à própria natureza do ato".
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