A Polícia Civil divulgou na tarde desta terça-feira (16) que a investigação sobre a pirâmide financeira montada no Vale do Paranhana causou prejuízo aproximado de R$ 50 milhões a mais de 200 pessoas. Os números duplicaram depois da deflagração da Operação Faraó, no início do mês.
Desde então, 14 pessoas foram indiciadas, os dois líderes do esquema montado em Taquara seguem presos, foram apreendidos mais de 60 veículos e imóveis, incluindo um sítio de R$ 6 milhões que foi alvo de saque e depredação depois de ter sido apreendido judicialmente.
O delegado Ivanir Caliari, que concluiu nesta terça-feira o inquérito com 14 indiciamentos, diz que a investigação vai continuar. Responsável pelo caso desde o final do ano passado, ele afirma que o número de vítimas e o valor do prejuízo aumentaram com a análise de mais de 50 contas bancárias bloqueadas, novas ocorrências, inclusive com vítimas do Vale do Sinos, e com a apuração de documentos apreendidos. Segundo Caliari, antes só havia vítimas do Vale do Paranhana, mas a divulgação dos fatos na imprensa fez com que mais vítimas procurassem a polícia.
— Não descartamos que esses números possam aumentar com a análise de todos os documentos e quando verificarmos todas as contas de bancos — ressalta Caliari.
Os 14 indiciados são dois responsáveis pela pirâmide financeira, que foram presos na ação do dia 5 deste mês, além de outros que atuavam para o grupo como laranjas ou cooptando vítimas para falsos investimentos imobiliários. A lavagem de dinheiro de pelo menos R$ 10 milhões ocorria através do investimento em criptomoedas de outra pirâmide financeira, na bolsa de valores e em mais de 60 veículos e imóveis.