Presos desde 17 de outubro de 2019, quando ocorreu a Operação Lamanai, da Polícia Federal, o presidente da Unick, Leidimar Lopes, e os diretores da empresa, Danter da Silva e Marcos da Silva Kronhardt, deixaram o sistema prisional nesta quarta-feira (1º). A decisão é da juíza Karine da Silva Cordeiro, da 7ª Vara Federal de Porto Alegre, que acatou pedido da defesa e revogou as prisões preventivas em razão da pandemia de coronavírus.
São réus no processo principal por organização criminosa 15 pessoas. Treze respondem ainda por outros crimes.
GaúchaZH teve acesso às 262 páginas do inquérito da Polícia Federal (PF), e à denúncia do Ministério Público Federal (MPF), com 20 páginas, além dos anexos. Os números demonstram movimentações de R$ 28 bilhões e as dívidas com os clientes chegariam a R$ 12 bilhões para as contas que estão ativas.
No pedido acatado pela magistrada, a defesa argumenta que os crimes atribuídos aos réus não foram praticados com violência ou grave ameaça e por isso eles não deveriam ficar presos, diante da pandemia de coronavírus.
“Dada a natureza dos crimes supostamente cometidos, aliada ao decurso do tempo de confinamento, a preservação à saúde (e à vida) deve se sobrepor ao acautelamento da ordem pública, da aplicação da lei penal e da instrução criminal buscada com a segregação cautelar em estabelecimento prisional", decidiu a magistrada.