O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) tenta a última cartada para que os quatro réus do processo resultante da tragédia da Boate Kiss sejam julgados juntos. Como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou na semana passada recursos para que o júri único ocorresse em Santa Maria, o MP ingressou no Tribunal de Justiça (TJ) nesta segunda-feira (9) com pedido de desaforamento do julgamento do réu que vai a júri em Santa Maria. Agora, os promotores pedem que Luciano Bonilha Leão seja julgado junto com Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann e Marcelo de Jesus, em Porto Alegre.
— Buscamos, desde o início do processo, um julgamento único e em Santa Maria, e fomos ao limite das possibilidades perante o Judiciário — afirma o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles.
Segundo ele, a realização de júris em locais separados pode gerar nulidade do processo. A decisão do MP sobre o pedido de desaforamento foi compartilhada com a associação das famílias das vítimas da tragédia.
O recurso assinado pelos promotores designados para o júri do Caso Kiss, Lúcia Helena Callegari e David Medina da Silva, é endereçado ao relator do processo na 1ª Câmara Criminal do TJ.
— É a primeira vez na minha vida que eu vejo desaforamento para réu. O desaforamento sempre é para o processo — sustenta a promotora Lúcia Helena Callegari