O homem preso suspeito de envolvimento na morte de uma família em São Bernardo do Campo, em São Paulo, prestou depoimento à polícia na terça-feira (4) e confessou participação no crime. Romuyuki Gonçalves, 43 anos, a mulher dele, Flaviana, 40, e o filho do casal, Juan, de 15 anos, foram encontrados carbonizados dentro de um carro no último dia 28.
Segundo o homem — que não teve o nome divulgado —, a outra filha do casal, Ana Flávia Menezes Gonçalves, 24 anos, e a namorada dela, Carina Ramos, 26 anos, autorizaram as mortes.
O preso, que é primo de Carina, contou que ela e Ana Flávia revelaram que havia R$ 85 mil em um cofre na casa da família, no condomínio Morada Verde, em Santo André. A partir disso, as duas e o suspeito combinaram de assaltar a residência na noite do dia 27.
Conforme o depoimento, três homens — incluindo o suspeito preso — chegaram à casa da família no mesmo momento que Carina e Ana Flávia, em uma Fiat Palio. Dentro do imóvel, anunciaram o assalto.
Ainda de acordo com o depoimento, os criminosos colocarem um saco na cabeça do adolescente e o espancaram, para que o pai informasse a senha do cofre. No entanto, Romuyuki não sabia a combinação e, por isso, ainda de acordo com o depoimento, aguardarem a chegada de Flaviana.
Após ser rendida, a empresária abriu o cofre, que segundo relatado pelo suspeito, estava vazio. Por conta disso, resolveram matar a família.
Ana Flávia teria indicado que o irmão fosse morto primeiro, por conta da herança que ficaria para ela. O pai foi morto em seguida.
Ambos teriam sido asfixiados, segundo o relatado pelo suspeito, contrariando laudo do Instituto Médico-Legal (IML) que afirma que as vítimas foram mortas com pancadas na cabeça.
Enquanto pai e filho eram mortos, Flaviana teria sido mantida amarrada e vendada. Depois disso, os dois corpos foram colocados no porta-malas do Jeep Compass das vítimas. O veículo saiu do condomínio, seguido pelo Fiat Palio de Ana Flávia e Carina. Flaviana estava no Jeep. O suspeito não informou quem dirigia o veículo.
Os carros foram até um posto de gasolina perto da casa das suspeitas, em Santo André (ABC). No local, de acordo com o primo de Carina, foi comprada gasolina, usada para incendiar os corpos.
Após comprar o combustível, os cinco suspeitos e Flaviana foram até a estrada do Montanhão. Segundo o primo de Carina, ela teria matada Flaviana no local. Logo depois os corpos foram incendiados.