A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (18) mais um suspeito de envolvimento na morte de um sargento da reserva da Brigada Militar em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Ezequiel Freire dos Santos, 50 anos, foi morto a tiros no início de dezembro passado na reciclagem que mantinha no município. A investigação concluiu que a morte foi encomendada pela companheira do militar.
Segundo o delegado Márcio Niederauer, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Novo Hamburgo, o homem preso nesta terça-feira teria sido responsável por recrutar o atirador e levá-lo até o local do crime. No total, são cinco detidos — todos ainda recolhidos com prisão preventiva. Entre os presos está a companheira da vítima apontada como mandante do crime.
Conforme a polícia, após o assassinato, ele teria auxiliado na fuga do autor e levado a arma usada no crime. A Polícia Civil não divulgou o nome do preso, em razão da Lei de Abuso de Autoridade. Ele é filho de um casal que também foi preso por envolvimento no crime. Conforme o delegado, o suspeito decidiu permanecer em silêncio.
O caso
Ezequiel Freire dos Santos, 50 anos, foi morto no início da noite de 10 de dezembro. O atirador ingressou no local, fingindo vender cobre, e aproveitou o momento em que o sargento da reserva estava distraído para disparar cinco tiros contra a cabeça e o peito dele.
Ainda em dezembro, Ricardo de Melo, 35 anos, identificado como o criminoso que atirou no sargento, confessou ser o autor da execução. Ele apontou Evandra Palmira de Oliveira, 40 anos, que mantinha relacionamento com o policial há um ano e 10 meses, como uma das pessoas que teria arquitetado e ordenado a morte.
A mulher, conforme o depoimento do autor confesso, teria alegado que era agredida pelo marido e, por isso, queria que ele fosse morto. Pelo crime, segundo Ricardo, foram pagos R$ 300. Ainda foi preso um casal que mantinha uma reciclagem e um centro de umbanda próximo ao estabelecimento de Freire. Veronilda Velsi de Oliveira, 79 anos, e João Carlos Ribeiro, 59 anos, teriam ajudado a a orquestrar o plano da morte e entregue o revólver de calibre 38 ao atirador. O filho de criação deste casal, estava foragido e foi localizado agora.
Segundo Niederauer, a versão foi confirmada por imagens de câmeras de segurança. Além disso, na segunda vez em que esteve no local, foi visto por uma testemunha, que reconheceu o autor confesso. Conforme o depoimento de Ricardo, Evandra garantiu que as câmeras estariam desligadas no momento do crime.