A Polícia Civil busca parcerias para conseguir os recursos necessários para a reforma do imóvel onde será instalada a delegacia de plantão para crimes contra vulneráveis, em Porto Alegre. Segundo a diretora do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV), delegada Shana Hartz, a mais recente estimativa de custo da obra, que ainda não começou, é de R$ 2 milhões.
De acordo com a delegada, a previsão é de que a maior parte do valor da obra seja obtido por meio destas parcerias, em razão da situação financeira do governo do Estado, que impossibilita o custeio total. Se as parcerias forem confirmadas, o plano é iniciar os trabalhos ainda no começo de 2020.
— A falta de recursos estatal não pode nos deixar parados e com a inauguração inviabilizada — diz a diretora do DPGV.
O prédio onde funcionará o plantão para grupos vulneráveis foi entregue em setembro pela prefeitura de Porto Alegre e fica onde estava a Junta Militar, no bairro Santana. Inicialmente, a promessa era de que as atividades desta delegacia começassem ainda na metade de 2019. Agora, a previsão é de que seja inaugurada no segundo semestre de 2020, mas o DPGV ressalta que pode haver variações conforme a disponibilidade da verba para concretizar a reforma. O telhado é uma das prioridades, mas outras partes da estrutura também foram danificados pela invasão de moradores de rua e precisam de reparos.
Atendimento humanizado
Além de ajudar com o pagamento da obra, as parcerias buscadas pela polícia também têm função de qualificar o atendimento de idosos, mulheres, crianças e adolescentes, e vítimas de crimes motivados por questões de raça, origem étnica, orientação sexual e procedência nacional.
Uma das ideias é firmar acordo com a prefeitura para ter profissionais para atendimento psicossocial, fazendo com que o apoio vá além do registro de ocorrências. Os policiais e servidores também vão passar por um treinamento de cerca de duas semanas para qualificar a forma de atendimento em busca de caráter mais humanizado.