A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz pediu, nesta segunda-feira (23), que familiares da vereadora Marielle Franco se manifestem sobre o pedido de federalização do caso que é apurado no Rio de Janeiro para identificar supostas irregularidades na investigação do assassinato da parlamentar e do motorista Anderson Gomes.
Em setembro, a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge pediu ao STJ que as investigações sejam retiradas do âmbito da Justiça estadual e passem a ser conduzidas pela Justiça Federal. A ministra é relatora do processo, que ainda não tem data para ser julgado.
Após o pedido de Dodge, os pais da vereadora assassinada se manifestaram contra a federalização, solicitada após a procuradora analisar a tentativa de obstrução das investigações.
Além da federalização e da abertura de um novo inquérito, Dodge apresentou denúncia no STJ contra o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Domingos Brazão, o delegado da Polícia Federal Hélio Kristian e mais quatro pessoas. Segundo a procuradoria, todos tentaram atrapalhar as investigações.
Pela decisão da ministra, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a procuradoria do Rio de Janeiro também poderão apresentar parecer sobre o caso. O prazo é de 10 dias.