A Polícia Civil concluiu e remeteu à Justiça inquérito contra uma facção criminosa, com base no Vale do Sinos, que montou uma rede de lavagem de dinheiro no Rio Grande do Sul. Ao todo, 15 pessoas foram indiciadas por este crime e também por associação criminosa.
O delegado Adriano Nonnenmacher, titular da Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), ressalta que, entre os indiciados, seis estão presos — incluindo os dois homens apontados como líderes do esquema. Os nomes deles ainda não foram divulgados.
Segundo a polícia, o grupo foi investigado em três etapas, ao longo do ano. No período, foram cumpridas mais de cem ordens judiciais — como buscas, prisões, sequestro de bens, quebra de sigilo bancário e bloqueio de contas, todas em nome de laranjas.
Foram apreendidos vários veículos de luxo e nove imóveis de alto padrão que teriam sido adquiridos pelos investigados como forma de lavar dinheiro. Os valores sequestrados do grupo chegam a R$ 10 milhões.
A polícia também apurou tráfico internacional de drogas e atuação com jogos de azar, além da utilização de milícias para extorsões de contraventores e comerciantes. Ainda conforme a investigação, o grupo mantinha relação com outra facção que atua em outros Estados, a partir da região Sudeste.