A Operação da Corregedoria-Geral da Brigada Militar que afastou 11 policiais militares resultou na prisão de cinco deles nesta quinta-feira (19). As prisões foram em flagrante por irregularidades encontradas com os agentes de segurança durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
A Brigada Militar não divulgou os nomes, mas GaúchaZH apurou que os presos são quatro soldados: Jocimar da Silva Pereira (que teve o relaxamento da prisão determinado pela Justiça Militar) , Guilherme Leal de Almeida, Felipe Heibutcke Ferreira e Cristiano Kolling e o 3º sargento Alfredo Silva de Azevedo. Uma sexta pessoa, um civil, foi também foi preso em flagrante.
O grupo, que pertence ao 24ª Batalhão de Polícia Militar em Alvorada, é investigado por cobrança de valores de comerciantes, desvio de material apreendido, associação com traficantes de drogas e com o jogo do bicho. Desde o início da manhã, 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências por 150 agentes da corregedoria. Foram apreendidas munições, armas sem registro e dinheiro sem comprovação de origem, além de anotações de cobranças.
A investigação teve início há mais de um ano, a partir de uma ocorrência registrada em local distante mais de 100 quilômetros de Alvorada - nesse período, os delitos investigados teriam sido cometidos.
Em 12 de dezembro, um brigadiano era morto e outro preso pela própria Brigada Militar em um cerco após assalto a três residências em uma área pacata entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis. O agente preso na ocasião era lotado no 24º BPM.
— A partir de então, passamos a fazer o monitoramento, controle, investigação de perto de policiais que tinham relação com aquele preso — explicou o corregedor-geral, coronel Marcio Galdino.
O tenente-coronel Jeferson Marques de Melo, comandante do 24º BPM, disse em entrevista ao Gaúcha + que as prisões são um "baque" para o batalhão, mas que não vão representar em prejuízo ao policiamento na cidade.
— O serviço continua. O 24º BPM vai continuar nas ações com mais força ainda — disse o oficial.
Ele ainda afirmou que desde março, quando assumiu o comando, não tinha conhecimento de nenhum procedimento ilícito pelos PMs, e que o afastamento não significa culpa:
— Não significa que essas pessoas sejam criminosas. São investigados internamente na corporação. E no decorrer, ao final da investigação, é que vamos saber o que cada um teve de responsabilidade.
Ainda conforme o oficial, são 150 PMs no batalhão e os 11 investigados atuavam em funções de policiamento.