Para a Polícia Civil, quatro homens participaram diretamente da execução do empresário Jair Silveira de Almeida, 53 anos, ocorrida na noite da quinta-feira (31), em Porto Alegre. Almeida foi morto dentro de uma Range Rover, que foi atingida por 11 disparos. O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O delegado Cassiano Cabral, titular da 3ª DHPP, disse que já ouviu 10 pessoas, entre testemunhas e suspeitos de possível ligação com o crime. Cabral tem expectativa de receber até esta sexta-feira (8) os resultados dos exames de papiloscopia (que identificam impressões digitais) nos dois veículos que teriam sido usados pelos criminosos. Já os testes de microcomparação balística — que verificam se os projetis expelidos pelas armas apreendidas com um suspeito são compatíveis com os que foram recolhidos no local do crime — devem demorar mais tempo.
Explicando que não pode adiantar detalhes das provas que já reuniu, o titular da 3ª DHPP afirmou nesta quinta-feira (7) ter convicção de que o suspeito que foi preso horas depois do crime teve mesmo participação na execução. Roger Duarte Mello foi capturado pela Brigada Militar em Cachoeirinha. Com ele foram apreendidas duas armas, toucas ninja e uniformes da Polícia Civil. Ele passou por teste residuográfico, que verifica se havia resíduos de pólvora nas mãos.
Apesar de Almeida ter sido morto dentro de um carro emprestado e de o dono dessa Range Rover ter afirmado em depoimento que ele seria o alvo da execução, a polícia não descarta que os criminosos quisessem atingir Almeida.
Quanto ao empresário que revelou ter sofrido ameaças e que acredita que seria o alvo dos atiradores, o delegado disse tratar a hipótese como uma "linha investigativa". Em relação a possíveis mandantes da execução, a polícia também não dá detalhes.
— Isso ainda depende de aprofundar as investigações — explicou Cabral.