A Polícia Civil tem como principal linha de investigação a hipótese de que o empresário Jair Silveira de Almeida, 53 anos, tenha sido assassinado por engano. O homem foi morto a tiros na noite de quinta-feira (31), na zona norte de Porto Alegre.
O carro em que Almeida estava foi atingido por pelo menos 11 disparos, em frente a uma clínica terapêutica que funciona em imóvel do qual ele era proprietário. O veículo pertence a um familiar dele — que seria sócio do empresário e, conforme a investigação, o verdadeiro alvo dos criminosos devido a uma dívida milionária.
Segundo o titular da 3ª Delegacia de Homicídios da Capital, delegado Cassiano Cabral, esta pessoa prestou depoimento na manhã desta sexta-feira (1º) afirmando que seria o alvo. Ele também apontou o suposto mandante do crime.
— Por enquanto não podemos dizer o nome do alvo, principalmente por questões de segurança, e nem do suposto mandante. Neste caso, porque precisamos confirmar a autoria — explicou.
A polícia também não está revelando o valor da dívida. Tanto o homem que seria alvo e o suposto mandante têm antecedentes criminais e já estiveram presos. A vítima não tinha passagem pela polícia.
O delegado ressalta que a investigação está na fase inicial e que a hipótese precisa ser confirmada, principalmente, com as provas técnicas. Cassiano afirma ainda que o carro do empresário havia estragado e, por isso, ele pediu emprestado o veículo do familiar.
A polícia ainda busca imagens de câmeras de segurança do local do crime, no bairro Anchieta. Também são aguardados exames periciais, como análise do veículo onde a vítima foi baleada e do carro apreendido posteriormente pela Brigada Militar em Cachoeirinha.
Um suspeito de envolvimento no caso foi preso e negou participação no crime. Mesmo assim, ele foi atuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
O detido estava com duas pistolas 9 milímetros, o mesmo tipo de arma usado no assassinato de Almeida. As armas também serão periciadas. O suspeito teve material genético coletado e fez exames papiloscópico, verificação de digitais e residuográfico, para encontrar possíveis resíduos do uso de arma de fogo.
A polícia também está procurando testemunhas do crime. Ainda é apurado o fato de que o suposto alvo devia dinheiro para agiotas. Esta seria uma outra linha de investigação.