Correção: o empresário foi morto em frente a uma clínica que funciona em imóvel do qual era proprietário, e não em frente a uma clínica geriátrica da qual era sócio, conforme publicado entre 7h08min e 11h45min de 1º de novembro de 2019. O texto foi corrigido.
Um homem suspeito de envolvimento na morte do empresário Jair Silveira de Almeida, ocorrida na noite de quinta-feira (31), em Porto Alegre, foi preso em Cachoeirinha, na Região Metropolitana, na madrugada desta sexta (1º). Segundo a polícia, Roger Duarte Mello foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e receptação.
O homem, de 32 anos, estava em uma casa no bairro Parque da Matriz com outras duas pessoas, que fugiram durante a abordagem da Brigada Militar. A polícia chegou até o local após monitorar o veículo HB20 usado no crime.
O automóvel foi abandado pelos criminosos, que, em seguida, embarcaram em um i30 com placas clonadas — que foi encontrado em frente à residência do suspeito. O HB20 foi localizado na Rua Clóvis Duarte, a menos de um quilômetro do local do crime.
Segundo os policiais militares que realizaram a prisão, o suspeito reagiu à abordagem. Na casa, foram encontradas armas — uma com numeração raspada e outra sem numeração —, toucas ninja e uniformes da Polícia Civil.
Um exame papiloscópico foi solicitado ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para identificar se havia pólvora na mão de Mello. No depoimento, ele permaneceu em silêncio.
— Tudo indica execução, mas não podemos descartar nenhuma hipótese. Precisamos manter a mente e os olhos abertos — disse o delegado plantonista Amílcar de Souza Neto.
O empresário Jair Silveira de Almeida foi morto a tiros na Rua Bartolomeu Bernardi, no bairro Anchieta, em frente a uma clínica — que funciona em um imóvel onde já funcionou uma clínica geriátrica da qual ele foi um dos donos. Almeida estava dentro de uma Range Rover que foi atingida por ao menos 11 disparos.
O filho dele, segundo a polícia, ouviu os tiros e saiu da clínica para ver o que estava acontecendo. Ao encontrar o pai ferido, dirigiu o veículo até o Hospital Cristo Redentor, também na Zona Norte, mas a vítima não resistiu.
A polícia informou ainda que a Range Rover pertencia ao sócio do empresário na clínica geriátrica. Por esse motivo, não se descarta que a morte tenha sido por engano.
Contraponto
O advogado Marcelo Dorneles, que representa Mello, afirma que o cliente nega envolvimento no homicídio do empresário. Ele acrescenta que as armas foram encontradas em local diferente de onde ocorreu a prisão. Dorneles espera ter acesso ao inquérito na próxima semana.