O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liberdade ao oficial de cartório, Paulo Odilon Xisto Filho, nessa sexta-feira (11). Ele é acusado de matar a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, 22 anos, em Imbituba, no litoral sul de Santa Catarina. O caso ocorreu em maio de 2018. Paulo Odilon responde por homicídio duplamente qualificado e feminicídio.
A revogação de prisão preventiva deve ser publicada na próxima segunda-feira (14), mas a decisão do ministro Néfi Cordeiro já foi encaminhada à Comarca de Imbituba, onde o acusado está preso. Ele deve aguardar julgamento em liberdade.
Paulo estava preso desde o dia 26 de agosto, por determinação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). Ele responde por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima, além de fraude processual. O réu será julgado pelo Tribunal do Júri, mas a data ainda não foi marcada.
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), Paulo Odilon teria matado Isadora, de Santa Maria (RS), por motivo fútil: acreditando que o namorado havia sofrido uma overdose, Isadora acionou a irmã dele. Ainda conforme o MP, o oficial de cartório revoltou-se, pois escondia da família que usava drogas. Paulo teria ficado furioso. Corpo de atleta e praticante de artes marciais, teria desferido socos, chutes e joelhadas contra o abdômen da modelo, que não resistiu aos golpes.
Ele ainda foi acusado de fraude processual, por ter modificado a cena do crime lavando lençóis e toalhas, retirando garrafas de bebidas alcoólicas do local, espalhando comprimidos de remédios controlados pela residência e inserindo cobertores e malas na cama na qual estava a vítima.
O acusado ainda mantinha armas e munições com registros vencidos: uma espingarda calibre 12, 80 munições do mesmo calibre, além de uma pistola calibre 380 e 66 munições.
A defesa do oficial de cartório contesta a acusação.