Explosivos foram furtados da uma empresa de Butiá, na Região Carbonífera. Os materiais foram levados na noite de domingo (27) e na madrugada desta terça-feira (29). Segundo a polícia, na primeira ação, os ladrões levaram 50 quilos do material. A quantidade de emulsão levada pelos criminosos nesta madrugada ainda está sendo apurada.
O titular da DP de Butiá, delegado Carlos Oneo Ferreira, explica que ainda trabalha para identificar os autores dos crimes. Mas o policial salienta que a quantia já contabilizada coloca os órgãos de segurança em alerta:
— Como é furto de explosivo, a gente já pensa que será usado para algo ruim. Explosivo é usado para danificar patrimônio alheio, não é algo que se comercializa. Não descartamos que seja usado para assalto a banco.
Os materiais estavam guardados em depósito da empresa Copelmi Mineração, que fica na BR-290, no bairro Mina do Recreio. Carlos Faria, diretor da empresa, afirma que os explosivos são usados na detonação de minas de carvão em Butiá e em Arroio dos Ratos. Para acessar o local onde havia o material, segundo Faria, os criminosos quebraram os sistemas de alarme e de detecção de movimento.
Conforme a Brigada Militar, no domingo, três criminosos teriam entrado a pé pelos fundos da empresa e retirado a grade de proteção do contêiner de armazenamento do explosivo.
A BM informa que as guarnições do Policiamento Ostensivo e do Pelotão de Operações Especiais do 28º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram orientadas a redobrarem a atenção na área bancária das cidades da Região Carbonífera.
Segundo o delegado João Paulo de Abreu, da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos, com sede em Porto Alegre, furto de explosivos não é crime rotineiro:
— Explosivo é instrumento para prática de vários crimes: ataque contra estabelecimentos bancários e a veículos de transporte de valores, por exemplo. O mais provável é que esse material será usado em ações de criminosos. Me chama a atenção o fato de acontecer no mesmo local em período muito curto de tempo.
O delegado alerta que informações a respeito do caso podem ser compartilhadas com a Polícia Civil de forma anônima pelo Disque-Denúncia: 0800-510-2828.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) foi chamado à empresa para fazer levantamento do local crime. O Exército também foi informado sobre o furto dos materiais.