Um ex-soldado do exército de Santa Maria, que chegou a ser condenado por matar um colega de trabalho, foi preso em flagrante por tráfico de drogas em Rondônia na última quarta-feira (25). Ele estava solto porque o julgamento dele, na Justiça Militar, foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Braian Kummel da Silva confessou ter matado o também soldado do Exército Gilberto Zahn Couto a facadas, no Parque Municipal Jockey Clube, em Santa Maria no ano de 2015. Ele alegou que a morte fazia parte de um ritual magia negra, com o objetivo de "ganhar poder" e, posteriormente, formar uma seita.
Em dezembro de 2018, Braian foi condenado pela Justiça Militar a 27 anos de prisão por homicídio qualificado e furto. Ele seguia preso até abril deste ano, quando o Supremo tomou a decisão.
Conforme o ministro Celso de Mello, o crime aconteceu em um local que não é de responsabilidade das Forças Armadas e por um motivo que não tem relação com o Exército. Com isso, o ministro entendeu que apenas o fato de os dois serem militares não justificava que o caso fosse de responsabilidade da Justiça Militar.
Em 25 de setembro, Braian e um comparsa foram presos em flagrante no estado de Rondônia, por tráfico de drogas, durante uma operação na BR-485. Braian estava em um ônibus e, com ele, foram encontrados 2,5 quilos de cocaína.
Segundo informações da polícia de Rondônia, Braian e um comparsa saíram de Santa Maria e foram até o município de Guajará-Mirim, com R$ 50 mil para comprar 6 quilos de drogas. Eles queriam voltar ao centro do Estado com o material para revender.
Até a manhã desta terça-feira (1º), os dois seguiam presos na Casa de Detenção de Guajará-Mirim. A reportagem tenta contato com a 1ª Vara Criminal de Santa Maria para obter informações a respeito do andamento do processo do ex-militar.