Novas doações do Instituto Cultural Floresta à segurança pública do Estado ampliaram o poder de fogo da Polícia Civil. Quinze fuzis M15 de calibre 556, equipados com mira holográfica, lanterna tática e seis carregadores cada foram entregues nesta quinta-feira (19) ao Grupamento de Operações Especiais (GOE) e ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Cada kit custou US$ 3,3 mil, totalizando cerca de US$ 50 mil ou R$ 208 mil em valores atuais
As armas fazem parte do pacote de R$ 14 milhões em equipamentos que o instituto entregou em março de 2018, incluindo 46 veículos Pajero. Desde o fim do ano, os fuzis estavam retidos no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, aguardando autorizações para importação.
A qualidade dos fuzis, da marca norte-americana Armalite, foi elogiada pela cúpula da segurança pública durante a solenidade no Palácio da Polícia. As armas também agradaram aos agentes que utilizarão os equipamentos nas ruas. Enquanto manuseavam as carabinas cuidadosamente dispostas sobre a mesa, elogiavam peso, alcance, precisão e durabilidade. O diretor da Divisão de Controle de Armas, Munições e Explosivos (Dame) da Polícia Civil, Anderson Spier, comentou que este modelo está licenciado em 70 países, além de ter sido adotado como modelo padrão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
— É um dos melhores fuzis que existem hoje no mundo — sublinhou.
A entrega foi feita pelo diretor-executivo do Instituto Cultural Floresta, Everton Oltramari. Ele colocou a entidade à disposição da segurança pública do Estado e prometeu ajudar na construção de uma delegacia voltada a pessoas vulneráveis.
— Esses são exemplos de parcerias entre o poder público e a iniciativa privada quem estão dando certo. Diante da falta de recursos do Estado, a comunidade se uniu para suprir a demanda na área da segurança — disse Oltramari.
Secretário-adjunto da Segurança Pública, coronel Marcelo Gomes Frota representou o vice-governador e secretário da pasta, delegado Ranolfo Vieira Júnior. Frota agradeceu as doações e disse que, quando o "Estado investe e a comunidade se envolve, a segurança avança e o crime retraí".
Parcerias como a do Instituto Floresta com a SPP originaram a lei complementar que criou o Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública do Estado do RS (Piseg/RS). A legislação, pioneira no Brasil, permite a doação de recursos pela iniciativa privada para aquisição de equipamentos à segurança pública. Em contrapartida, as empresas contribuintes podem compensar o valor no ICMS a recolher.
Outras doações do Instituto Cultural Floresta à segurança pública
Em 10 de dezembro do ano passado, a Brigada Militar (BM) recebeu da entidade 1,2 mil pistolas .40 vindas da Áustria e que custaram US$ 594 mil (o equivalente a R$ 2,3 milhões). O armamento foi distribuído aos três Batalhões de Operações Especiais ( BOE) — Porto Alegre, Santa Maria e Passo Fundo — e aos Pelotões de Operações Especiais (POE) da Região Metropolitana e para Caxias do Sul, na Serra.
Antes disso, em março de 2018, o grupo de empresários já havia doado 46 Pajeros, armas e coletes. O BOE de Porto Alegre recebeu 26 veículos, 120 coletes à prova de balas e um ônibus adaptado. Outras 14 Pajeros foram entregues ao 9º e 11º batalhões de Polícia Militar. Segundo o presidente do instituto, os batalhões contemplados atuam em áreas populosas e concentram intensa atividade comercial. A Polícia Civil foi beneficiada com seis veículos, destinadas ao Grupamento de Operações Especiais (GOE).