A 2ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre começou a ouvir testemunhas na tarde desta segunda-feira (30) para descobrir detalhes sobre o assassinato de um adolescente de 17 anos no trecho revitalizado da orla do Guaíba. O crime ocorreu na noite de domingo (29), momento em que havia um grande número de frequentadores no local.
A vítima
O adolescente morto é Haderson Júnior Martins Floriano, 17 anos. Ele levou vários golpes no peito com uma garrafa quebrada. As pontas de vidro atingiram o coração da vítima, que morreu no hospital.
Os autores
Segundo a Polícia Civil, três adultos foram identificados como autores do crime. Dois deles devem ser responsabilizados pelas lesões e um pelo homicídio, além das agressões. A polícia deve pedir a prisão dos três, que não tiveram os nomes divulgados. Não está descartada a participação de outras pessoas.
O motivo
A polícia tenta descobrir o que motivou o assassinato. O delegado Eibert Moreira Neto, diretor de investigação do Departamento de Homicídios, diz que é perceptível nas imagens que o rapaz é atacado simultaneamente por um grupo.
— Ainda não sabemos a motivação. Agora, a investigação quer apurar e entender porque todas aquelas pessoas atacaram só aquele indivíduo — declarou.
As imagens
Jovens que estavam no local filmaram as agressões. Nos vídeos, é perceptível a voz de pessoas que não estão envolvidas incentivando o ataque. As imagens estão sendo usadas pela investigação.
A reação da polícia
A Brigada Militar (BM) prometeu reforçar o policiamento na orla do Guaíba, especialmente aos finais de semana. Segundo o tenente-coronel Luciano Moritz Bueno, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, a ideia é estender até meia-noite o reforço de policiais no trecho, assim como ocorreu no ano passado após outra confusão.
— Não tínhamos notícias de brigas dessa magnitude desde o verão passado. Obviamente, faremos reformulação na estratégia de emprego de policiamento no entorno da orla. Lembrando que, na noite de ontem (domingo), a BM contava com duas viaturas específicas no bairro Cidade Baixa justamente para trazer tranquilidade. Esse público que estava lá migrou — declarou.
O secretário municipal da Segurança, Rafão Oliveira, também prometeu reforço no número de guardas municipais, em um ponto turístico que reúne de 5 a 25 mil pessoas nos finais de semana. Ele chegou a falar sobre a presença de facções ligadas ao tráfico de drogas na região:
— O que nós não podemos é deixar que alguma facção criminosa, ou bandidos, dominem aquele território.
Outra briga foi gravada em 2018
Em dezembro de 2018, uma outra briga chamou a atenção para a segurança do espaço. A confusão foi registrada por uma pessoa que gravou com um celular. No vídeo, que foi compartilhado em redes sociais, um grupo de mulheres e homens brigam entre si.
Pelas imagens, são pelo menos 10 pessoas que trocam empurrões, chutes e pontapés em um gramado nas proximidades do restaurante panorâmico. Primeiro, uma mulher derruba outra e as duas trocam tapas. Em seguida, o restante do grupo chega. Houve reforço no policiamento após o incidente e não houve novos conflitos após isso.