A menina de 13 anos que morreu no hospital após ser agredida pela própria mãe com uma faca, na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú (SC), teve os órgãos e tecidos doados. Após a constatação da morte cerebral, na última quinta-feira (12), o pai e o avô da adolescente autorizaram a doação.
Ainda na sexta (13), os rins e os tecidos oculares foram retidos e encaminhados para a doação. O procedimento precisou ser autorizado pela Justiça, já que a mãe não foi encontrada após ter a liberdade provisória concedida e também por conta das circunstâncias da morte, segundo o Ministério Público.
Conforme o hospital em que a menina estava internada, não era viável a doação dos outros órgãos por questões de compatibilidade e tempo de transporte.
Relembre o caso
Segundo a polícia, mãe e filha teriam ido do Paraná para Balneário Camboriú e, quando chegaram na cidade, conheceram um vendedor ambulante. Elas teriam se hospedado na casa desse homem durante um tempo até que se mudaram para Bombinhas, também no litoral catarinense.
A investigação aponta ainda que a menina teria fugido de casa há cerca de 10 dias e saído à procura do vendedor ambulante. No dia do crime, a mãe teria descoberto que a garota estaria com o homem em Balneário Camboriú e seguiu em busca da filha. Os três se envolveram em uma discussão, que terminou com a menina sendo atingida por um facada.
A mãe da vítima foi presa pela Guarda Municipal de Balneário Camboriú. A mulher teria relatado aos guardas que tentou esfaquear o homem, mas a filha entrou em sua frente para protegê-lo. Ao delegado, no entanto, afirmou que não tentou acertar nenhum dos dois, e que atingiu a filha por acidente.
A mulher teve a prisão em flagrante confirmada pela Polícia Civil, por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, mas teve a liberdade provisória concedida pela Justiça.
O vendedor ambulante que estava com a adolescente é alvo de um inquérito por estupro de vulnerável – ele admitiu que vinha mantendo relações com a menina, mas como não houve flagrante, não foi preso.