A transferência de presos da frente de delegacias de pronto atendimento da Capital para um terreno do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) não modifica a situação envolvendo viaturas da Brigada Militar que estão paradas, impossibilitadas de fazer patrulhamento. Utilizados para manter os detentos algemados até que surjam vagas no sistema prisional, aos menos 12 carros e um micro-ônibus permaneciam estacionados em uma área coberta, ao lado do prédio do IPF, na tarde desta segunda-feira (15), conforme apurou a reportagem.
Por volta das 15h, 21 presos estavam no local. Eles têm acesso a três banheiros químicos — diferentemente do que ocorria na área externa das delegacias, onde presos foram vistos urinando em garrafas plásticas.
Na madrugada de sábado (13), a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ingressou com uma ação na Sexta Câmara do Tribunal de Justiça (TJ) pedindo autorização para custodiar os presos no terreno do IPF, mas fez a transferência antes de receber a resposta.
De acordo com o Tribunal de Justiça, o processo foi recebido pelo desembargador Ícaro Carvalho de Bem Osório. O magistrado abriu vista para a Defensoria Pública se manifestar.
Com a transferência dos presos ao IPF, que fica na Avenida Bento Gonçalves, na zona leste, tanto a 2ª DPPA, no Palácio da Polícia, quanto a 3ª DPPA, na zona norte, permanecem apenas com presos em celas e não mais em viaturas.