A Polícia Civil de Sapiranga instaurou inquérito para apurar comércio ilegal de armas por parte do vereador Alessandro Vargas de Mello (PP), 30 anos. O objetivo é apurar se houve outras negociações de armamentos por parte do político que foi preso em flagrante no município, na semana passada, vendendo sem nota fiscal um revólver calibre 38 para uma pessoa.
Na ocasião, ele e outro homem de 40 anos, proprietário de uma revenda de veículos em Parobé, marcaram um encontro na casa do parlamentar para a negociação, mas foram surpreendidos pelos policiais que receberam uma denúncia sobre a venda de armas. O delegado Fernando Branco, responsável pelo caso, diz que o revólver apreendido constava em ocorrência policial como perdida pelo proprietário no município de Três Coroas. Outro revólver — em princípio, também sem procedência — e munição foram apreendidos com Mello.
O vereador, que não tinha antecedentes criminais, responde por porte e comércio ilegais de arma de fogo. Segundo Branco, a prisão é preventiva por estes dois tipos de delitos. No entanto, o objetivo do inquérito é apurar se mais armas foram negociadas pelo parlamentar.
GaúchaZH entrou em contato com o pai do vereador preso. Salosmar Mello negou que exista um comércio ilegal de armas.
- Afirmo e reafirmo porque ele mora comigo e nunca teve nada - explica Salosmar.
Ele diz ainda que aguarda um julgamento de habeas corpus e que o filho teve o azar de ter sido preso em flagrante vendendo apenas uma arma. Segundo ele, Mello estava negociando apenas um revólver porque tinha uma dívida com o proprietário da revenda de carros.