A Corregedoria da Brigada Militar (BM) prorrogou por mais 40 dias o inquérito que investiga oito PMs suspeitos de desviar armas, dinheiro e munição durante abordagens. O novo prazo é o final de julho e a medida foi tomada porque surgiram mais provas sobre as supostas irregularidades.
Os investigados são sete soldados e um sargento — que não tiveram os nomes divulgados. Apenas um atua em Porto Alegre e os demais em Canoas, na Região Metropolitana.
Três soldados, sendo um deles o que atua na Capital, foram presos, mas soltos posteriormente. O Ministério Público chegou a recorrer da decisão, mas o pedido foi indeferido porque a Justiça entendeu que não haveria prejuízo à investigação.
O corregedor-geral da BM, coronel Márcio Roberto Galdino, diz que a apuração está na fase de análise das provas obtidas e que o caso segue em segredo de Justiça. Segundo ele, o crime apurado é o de prevaricação — quando o servidor age para "retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, conforme o Código Penal".
Os PMs são investigados desde agosto de 2018 e, no dia 15 de maio deste ano, foi realizada uma operação no Estado que apreendeu armas e munição. Galdino destaca que os investigados seguem afastados e estão na chamada "função agregada".
Os sete têm que se apresentar todos os dias nos quartéis em que estão lotados, mas não usam fardas, estão sem armas e sem as carteiras funcionais. Eles não realizam qualquer tipo de atividade, nem administrativa.