O titular da 19ª Delegacia de Porto Alegre, delegado Daniel Ordahi, aposta na perícia em veículo e nas informações da Uber para esclarecer a morte do senegalês Babacar Niang, 35 anos, ocorrida no último domingo (2), no bairro Belém Velho, zona sul. Ele levou dois tiros depois de realizar uma corrida da Vila Tamanca, bairro Agronomia, até o local onde houve o latrocínio (roubo com morte). Na terça-feira (4), amigos e familiares da vítima juntaram R$ 17 mil para o traslado do corpo até o Senegal e também foram ao Palácio da Polícia para saber como está a investigação do crime.
Ordahi informou que ainda não tem suspeitos identificados — não se sabe se eram dois ou três homens — e ainda lamenta que não há câmeras de segurança onde o corpo foi encontrado, na Estrada Antônio Borges. Por isso, ele pediu urgência ao Instituto Geral de Perícias (IGP) na busca por digitais no carro do motorista — um Logan alugado — e também em um veículo Gol levado de outra vítima, que já foi localizado e está sendo periciado.
Segundo a polícia, os bandidos atiraram na nuca e nas costas de Niang. Não se descarta que ele possa ter reagido ao assalto depois de ter percorrido cerca de 12 quilômetros com os criminosos, que fugiram com o veículo. No entanto, o carro atolou devido à chuva em uma via não pavimentada no bairro Cascata, local onde eles roubaram o Gol de outra vítima.
O motorista do Gol informou que, quando foi abordado, viu dois homens, mas que não teria condições de identificá-los. A polícia segue tentando imagens de câmeras de segurança e busca mais testemunhas, tanto do latrocínio quanto do roubo do segundo automóvel. Ordahi diz que o caso é uma das prioridades da delegacia.
A Uber informou que está colaborando com a polícia e que vai auxiliar a família de Niang.