Criminosos furtaram as quatro rodas de um carro na madrugada desta quarta-feira (12) na zona norte de Porto Alegre. O veículo —um Yaris — estava estacionado na Rua Coronel João Corrêa, próximo da Rua Umbú, no bairro Passo D’Areia. O local de onde o carro foi levado pelos ladrões chama atenção por ser poucos metros distante da sede do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
O furto das rodas só foi percebido por volta das 7h. Um morador que chegava do trabalho percebeu o ocorrido.
— Vim para a casa do meu pai e deparei com o carro naquela situação. Já tinha visto levarem carro e até rádio, mas somente as rodas é a primeira vez — conta Vinícius Zigiotto, 38 anos.
A proprietária do veículo mora nas proximidades e preferiu não dar entrevista. As câmeras de segurança de um prédio que poderiam ter registrado o furto, tiveram as lentes direcionadas para outro lado.
Junto ao carro, foi deixado um macaco hidráulico utilizado pelos ladrões para erguer o veículo. O prejuízo com o furto das quatro rodas varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. Nenhum dos criminosos foi identificado ou localizado.
O subcomandante 11º BPM, major Ivens Santos, acredita que ninguém tenha visto a ação e, portanto, a BM não foi acionada. Ele ainda criticou as pessoas que compram itens que são frutos de furtos ou roubos.
— Neste tipo de furto ninguém fica preso hoje, muitas vezes nem é feito o flagrante, apenas apreende-se o material. Usando a campanha que os meios de comunicação fizeram, do "Um segundo contra a violência", vale lembrar que alguém compra esses pneus — afirma.
Santos diz que, neste tipo de ação, há envolvimento de um grupo de criminosos:
— Um vai ali, o outro levanta o carro, outro retira as rodas. Depois, vão embora. É uma coisa muito rápida. Temos uma imensidão de veículos estacionados. É aquela questão de estatística. É algo que não queremos que aconteça, combatemos isso diuturnamente, e não raro apreendemos pessoas com material de furto. Conduzimos para a delegacia, o delegado faz o procedimento que deve ter feito, mas a Justiça entende que não deve permanecer preso. É o sistema.