A multinacional Taurus emprega mais de 1,8 mil pessoas e exporta para mais de 85 países. A companhia é líder mundial na fabricação de revólveres — informação confirmada pelo grupo de pesquisas Small Arms Survey, do Instituto de Estudos Internacionais de Genebra, Suíça — e uma das maiores produtoras de pistolas do mundo.
A pistola G2C, produzida em São Leopoldo, é a mais vendida nos Estados Unidos, de acordo com o presidente da Taurus, Salesio Nuhs.
No segundo semestre de 2018, com a perspectiva de vitória de Bolsonaro, o valor das ações ordinárias da Taurus (com direito a voto nas assembleias da empresa) passou de R$ 1,85 (em 15 de agosto, um dia antes do início da campanha eleitoral) para R$ 7,60 (um dia antes do pleito de 7 de outubro). O aumento foi de 311% no período. Na sexta-feira, estava em R$ 3,57.
Com o anúncio de que a população poderia ter acesso simplificado a um fuzil (bastando não ter antecedentes criminais e justificar necessidade da arma), a Taurus comemorou possível salto no seu modelo T4, fuzil calibre 5.56 mm vendido até hoje só no mercado internacional ou para colecionadores brasileiros. A empresa afirmou ter fila de 2 mil pedidos para compra dessa arma longa.
A animação virou dúvida depois que Bolsonaro refez seu decreto no dia 22 e embutiu veto à venda de fuzis para cidadãos comuns. Há possibilidade de que sejam permitidos modelos de baixa energia, para moradores de áreas rurais, o que incluiria o .40 da Taurus.