Dados divulgados na segunda-feira (13) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) apontaram que o número de vítimas de homicídios em Porto Alegre caiu 44% nos primeiros quatro meses de 2019 se comparado ao mesmo período do ano passado. Se levado em conta apenas o mês de abril, a queda é de 50%, diminuindo de 58 para 29 o número de mortes. Já no âmbito estadual, o quadrimestre fechou com redução de 25% dos casos.
Em entrevista ao programa Gaúcha+, o vice-governador do Estado, delegado Ranolfo Vieira Júnior, afirmou que tem participado de algumas ações e vê agentes de segurança serem aplaudidos até mesmo em barreiras policiais — acontecimento que, segundo ele, não ocorria antes:
— Sempre tenho dito, que se for traduzir sensação de segurança, traduzo com polícia na rua. E é isso que o cidadão, que a cidadã quer: é ver a polícia na rua, é ver ações. Hoje as pessoas batem palmas, aplaudem a segurança pública quando são abordadas.
Questionado se a baixa na taxa de vítimas de homicídio no Rio Grande do Sul teria relação com possível continuidade de políticas da gestão de José Ivo Sartori, Ranolfo afirmou que "não tem dúvidas" que sim. Segundo o titular da SSP,o governo Eduardo Leite "não é um governo de ruptura, mas sim de evolução":
— Não seria ético da nossa parte achar que não aconteceu nada antes da nossa chegada ao governo do Estado. Então, temos de reconhecer aquelas ações positivas, dar seguimento a essas ações, sempre buscando o aperfeiçoamento, é claro. Mas dar seguimento é fundamental.
Ouça, abaixo, a entrevista na íntegra:
Quanto às ações que levaram à queda dos indicadores de criminalidade, o vice-governador afirmou que a integração entre as forças que atuam na Segurança Pública "é fundamental":
— Temos tido operações integradas na Região Metropolitana e já começamos a fazer essas operações também integradas na região Serra, perto de Caxias do Sul. Então, sem dúvida nenhuma, isso têm contribuído muito (...) para a redução desses indicadores de criminalidade.
O vice-governador também se posicionou sobre a questão de detentos presos dentro de viaturas. Segundo ele, o Estado tem trabalhado fortemente para solucionar o problema. A previsão é que, no segundo semestre do ano, seja inaugurada a penitenciária de Sapucaia do Sul, abrindo 600 vagas no sistema prisional. Uma solução mais rápida, no entanto, está sendo estudada:
— Devemos, ainda, apresentar nos próximos dias também uma situação emergencial, buscando abrir novas vagas e efetivamente começar a resolver esse problema crônico. Uma estrutura, ou a transformação até de algum espaço público, uma transformação rápida que se pudesse fazer numa casa prisional de passagem. — concluiu.