O desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ), mandou soltar nesta sexta-feira (26) o dentista acusado de matar um gerente de banco em Anta Gorda, no Vale do Taquari. A decisão atende a pedido liminar de habeas corpus movido pela defesa de Carlos Patussi, 52 anos, que foi preso na tarde de quinta-feira (25) no Fórum de Encantado.
Patussi responde pela morte do gerente do banco Sicredi Jacir Potrich, 55 anos. Os detalhes da decisão que mandou soltar o dentista ainda não foram divulgados. O processo está com o Ministério Público (MP) para manifestação.
No dia 22, o MP ingressou com pedido de prisão preventiva por coação. De acordo com o promotor responsável pelo caso, André Prediger, Patussi estava ameaçando testemunhas, principalmente, familiares do bancário.
A prisão ocorreu dentro do Fórum por coincidência, já que na tarde desta quinta-feira haveria uma reunião entre a juíza e os advogados do dentista. Como o réu também apareceu para o encontro, o mandado foi cumprido dentro do prédio.
Patussi chegou a ser preso em 23 de janeiro em um apartamento em Capão da Canoa, no Litoral Norte, e foi solto oito dias depois, após solicitação da defesa.
No dia 11 de abril, a juíza Jacqueline Bervian aceitou a denúncia do MP por homicídio triplamente qualificado e Patussi virou réu pela morte do gerente do banco. O pedido de prisão preventiva foi negado na época e ele passou a responder em liberdade.
A Polícia Civil indiciou ele por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Para os investigadores, por uma desavença pessoal, o dentista estrangulou a vítima dentro do quiosque no condomínio de três casas onde ambos residiam. Posteriormente, ocultou o cadáver, até hoje não encontrado.