Um homem de 52 anos foi preso na manhã desta quarta-feira (23) suspeito na morte do gerente do Sicredi Jacir Potrich, 55 anos, desaparecido desde novembro do ano passado. Conforme a Polícia Civil, ele foi preso temporariamente por agentes da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em um apartamento em Capão da Canoa, no Litoral Norte. Ele será indiciado por homicídio qualificado, por motivo fútil e ocultação de cadáver.
O homem está sendo encaminhado à Delegacia de Polícia de Anta Gorda, no Vale do Taquari, e depois será recolhido ao Presídio Estadual de Encantado, na mesma região. Ele ficará preso por pelo menos 30 dias até a conclusão do inquérito.
Na manhã desta quarta, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, na residência e no local de trabalho do suspeito, em Anta Gorda e Arvorezinha. Buscas estão sendo feitas para tentar localizar o corpo da vítima.
— Nós estamos trabalhando na residência do suspeito e também no possível local onde ocorreu o crime. Então nós estamos fazendo umas diligências com toda a intenção de localização do corpo. É o objetivo do trabalho realizado hoje, que é extenso — observou o delegado, em entrevista no local das buscas.
O trabalho conta com policiais civis, bombeiros militares, brigadianos e peritos criminais.
Segundo a delegada Roberta Bertoldo, da especializada em homicídios em Porto Alegre e que auxiliou nos trabalhos, o homem ficou em silêncio durante a prisão. Não houve resistência no momento em que foi detido.
Há duas semanas, o delegado Guilherme Pacífico já tinha adiantado que o caso estava próximo de um desfecho.
Bancário sumiu após pescaria
O gerente sumiu em 13 de novembro. No dia, ele foi um dos primeiros a chegar ao banco e saiu do local por volta das 15h30min. Dali, foi até a propriedade de um conhecido, no interior da cidade, que estava fazendo aniversário. Aproveitou para pescar.
Imagens de câmeras de segurança mostram a chegada dele ao condomínio às 19h07min. O bancário entrou na casa e passou pela porta dos fundos. Na residência, limpou os peixes, tomou caipirinha e foi até um quiosque na área comum do condomínio fechado onde reside. A partir dali, não foi mais visto. Metódico, deixou facas e outros utensílios sujos em cima de um balcão, o que chamou a atenção da família e da polícia.
Na época do desaparecimento um açude, ao lado do quiosque, foi esvaziado e buscas com cães farejadores foram feitas em perímetro de dois quilômetros quadrados.
Potrich morava na casa com a mulher Adriane Balestreri Potrich, 53 anos, e com o sobrinho Arthur Balestreri, 24. O jovem está na cidade há oito meses. No dia do sumiço, Adriane tinha ido visitar o filho do casal em Passo Fundo. O sobrinho era o único da família que estava na cidade. Segundo o delegado, ele permaneceu o dia no escritório. Passou em dois lugares antes de ir para casa e perceber a falta do tio.