A Polícia Civil informou, nesta segunda-feira (1º), que vai analisar os dados do celular de Maria Eduarda Zambom, 15 anos, encontrada morta na manhã do último sábado (30), em Catuípe, na Região das Missões. A Justiça acatou pedido dos investigadores e autorizou a extração das informações do aparelho da vítima. O delegado Gustavo Arais informou que esse trâmite costuma demorar, mas pode auxiliar no futuro das investigações:
— Vão fazer uma varredura completa no aparelho. Nesse processo, pode aparecer uma prova a mais — explicou.
O delegado disse que o celular já está sob posse dos investigadores e será encaminhado para o Gabinete de Inteligência da Polícia Civil, em Porto Alegre. Arais disse que o inquérito já está bem encaminhado. Nesse primeiro momento, são investigados os crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. A polícia aguarda laudo da perícia para ver se existiu estupro.
O principal suspeito de cometer o crime está hospitalizado desde sexta-feira (29), quando foi socorrido com um corte na garganta e outro no peito. Ele era motorista do transporte escolar usado pela estudante. A polícia suspeita que ele tentou o suicídio depois de matar a jovem. O homem teve prisão temporária decretada. Como se trata de crime hediondo, a prisão cautelar é de 30 dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período.
Além dos dados periciais, o delegado também continua ouvindo testemunhas para avançar na conclusão do inquérito. O delegado já colheu depoimentos nesta segunda-feira e o processo deve continuar nesta terça-feira (2).
Desaparecimento e morte
Maria Eduarda saiu de casa, na localidade de Boa Vista, na manhã da sexta-feira (29). A estudante morava com a mãe, o padrasto e uma irmã mais nova. Ela embarcou no carro particular do homem, que era o motorista de transporte escolar que conduzia a vítima.
A suspeita é de que ele teria dito que o ônibus usado para o transporte teria estragado. A garota não chegou ao colégio onde estudava.
Na manhã de sábado, o corpo da adolescente foi encontrado no interior de Catuípe.
