O promotor de Encantado, André Prediger, pediu a prisão preventiva do dentista Carlos Patussi, pela morte do gerente do banco Jair Potrich, em Anta Gorda, no Vale do Taquari. A solicitação agora vai ser analisada pela juíza Jacqueline Bervian. O bancário sumiu em 13 de novembro após chegar de uma pescaria.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (11) em coletiva de imprensa que contou com presença da esposa do bancário Adriane Balestreri Potrich e do filho Vinicius Balestreri Potrich.
Patussi foi preso em 23 de janeiro em um apartamento em Capão da Canoa, no Litoral Norte, e acabou sendo solto oito dias depois, após solicitação da defesa. O pedido de prisão preventiva ocorreu na apresentação da denúncia do MP. Segundo o promotor, há elementos suficientes para que o dentista responda preso pelo crime. Entre eles estão imagens em vídeo (veja acima) que mostram Patussi mexendo em câmeras do condomínio.
— Existem requintes de crueldade nesse crime — observa o promotor.
Na denúncia, o promotor considerou que o dentista "desapareceu com o corpo da vítima, bem como com os vestígios do homicídio". Além disso, mudou a posição das câmeras e apagou as imagens.
Patussi foi denunciado por ocultação de cadáver e homicídio qualificado, por meio de recurso que dificultou a defesa (por ter atacado a vítima de surpresa e pelas costas), motivo torpe (desavença antiga) e mediante asfixia.
O que diz a defesa
O advogado de Patussi, Paulo Olímpio, disse que recebeu o pedido de prisão preventiva com surpresa por, segundo ele, "não haver prova de autoria e de materialidade" - no caso, o corpo do bancário.
— Me parece que a denúncia não tem sustentação, que não poderá dar curso a ação penal. Se for recebida denúncia, vamos lutar para que ação penal não prossiga — observou o advogado.
Ainda segundo o defensor, todas as perícias deram negativas e, por isso, não há como apontar Patussi pelo desaparecimento e morte de Potrich. Para o advogado, o promotor foi precipitado ao apresentar a denúncia, que, segundo ele, "quis apenas atender a cobrança da opinião pública".
— Não há como apontar responsabilidade pelo desaparecimento de Jacir a Carlos.