O juiz Gustavo Fernandes Sales, da 1ª Vara de Entorpecentes do Distrito Federal, determinou nesta terça-feira (23) a prisão preventiva do comerciante de Porto Alegre Fernando Barbieri Cardozo, 36 anos, capturado em flagrante por policiais de Brasília sob suspeita de tráfico de drogas.
A prisão de Barbieri, como é conhecido, ocorreu durante a quarta edição da Festa Surreal, no último final de semana. Com 12 horas de duração, é considerado o evento de música mais caro da Capital Federal. O ingresso custa entre R$ 800 e R$ 1 mil, é realizado uma vez por ano, na região da Torre da TV digital — um ponto turístico da cidade —, atraindo 7 mil pessoas de várias partes do país com bebida e comida liberadas.
A prisão de Barbieri foi quase por acaso. Quinze agentes da 1ª Delegacia da Polícia Civil de Brasília, (Asa Sul) se infiltraram entre os frequentadores do evento, monitorando os passos de um homem investigado por distribuir drogas durante o Carnaval.
Para evitar tumultos, os policiais aguardaram até o amanhecer de domingo para as abordagens. A festa começou à meia-noite de sábado (20) e teve como atrações a cantora Anitta, a dupla Jorge e Mateus e o DJ Vintage. Conforme a delegada que comandou a ação, Bruna Eiras, Barbieri foi visto entregando comprimido de ecstasy para um outro homem, que o colocou em uma garrafa de bebida.
— Depois, na revista pessoal, filmada, foram apreendidos duas porções de cocaína e dois cigarros de maconha — afirma a delegada.
Em seguida foram presos outros dois homens, entre eles, o alvo da operação, Roberto Postiga Nogueira, 46 anos, morador do Distrito Federal. Ele estava com drogas e R$ 2 mil em espécie. O outro preso é Luiz Rodrigues Martins Junior, 38 anos, que vive na cidade satélite de São Sebastião, flagrado com 11 comprimidos de ecstasy. Conforme a delegada, nenhum dos três homens tem antecedentes criminais, nem registram passagens pela polícia.
— Eles nunca foram presos, não se conheciam e agiam por conta própria — comentou a policial.
Os três homens negaram a prática do crime. Morador do bairro Partenon, Barbieri afirmou à polícia que as porções de cocaína e maconha que portava eram para uso pessoal. Entretanto, a prisão em flagrante dele foi convertida pela Justiça do Distrito Federal em prisão preventiva, assim como as dos demais. GaúchaZH entrou em contato por telefone e por e-mail com o advogado de Barbieri, mas ainda não obteve retorno.