O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) apresentou recurso nesta terça-feira (19), para tentar aumentar as penas dos condenados pela morte de Bernardo Boldrini. Na última sexta-feira (15), Leandro Boldrini, pai do menino morto aos 11 anos e enterrado em uma cova rasa, Graciele Ugulini, madrasta da criança, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram sentenciados a penas que somam cerca de 100 anos.
O documento foi apresentado pelo promotor de Justiça Bruno Bonamente. Os promotores discordam de alguns parâmetros usados pela juíza Sucilene Engler para calcular a pena de cada um dos acusados.
As razões para o recurso serão apresentadas quando o prazo para o trâmite for aberto. Isso deve ocorrer após a degravação de todo o julgamento ser anexada, segundo o MP-RS. A acusação analisará a situação dos quatro réus.
Cinco dias de julgamento
Boldrini foi condenado a 33 anos e oito meses, Graciele Ugulini, a madrasta, a 34 anos e sete meses, Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta, a 22 anos e 10 meses, e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, a nove anos e seis meses.
O júri do caso durou cinco dias em Três Passos. Na sexta-feira, após o anúncio da sentença, manifestantes fizeram uma caminhada até a casa de Bernardo e retiraram todos os cartazes que se acumulavam há quase cinco anos. As grades da mansão ficaram limpas. O objetivo é de encerrar o caso e dar "descanso" a Bernardo.