Enquanto os quatros acusados pelo assassinato de Bernardo Boldrini eram julgados em Três Passos, o túmulo do menino, localizado em Santa Maria, virou local de peregrinação e homenagens.
Flores, mensagens, brinquedos, imagens religiosas e faixas pedindo justiça foram depositados no jazigo, no Cemitério Ecumênico Municipal.
Um pequeno bilhete manuscrito, afixado em um buquê de flores brancas, dirigia-se a Bernardo: "Be, clamamos por justiça e cremos que Deus a fará. Te amamos". Um painel com os nomes de duas dezenas de pessoas, de diferentes cidades gaúchas e brasileiras, exibia uma foto do garoto, também pedindo uma condenação dos responsáveis e lembrando os "sentimentos inexplicáveis" provocados pelo crime.
Outra faixa, na lateral do jazigo — onde Bernardo está sepultado com a mãe, Odilaine Uglione, e a avó Jussara Uglione —, declara: "Não há ponto final para o amor". A faixa foi colocada pelo grupo Flores para Bernardo.
Durante o julgamento, que durou de segunda a sexta-feira, culminando nas condenações de Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz, também houve pessoas comovidas com o destino de Bernardo que dirigiram-se ao cemitério para rezar por ele.