Com flores nas mãos e uma faixa contra a liberação das armas, manifestantes prestaram homenagem aos mortos no massacre da Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta sexta-feira (15). Organizado por integrantes do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, o grupo chegou caminhando. Em silêncio, deu às mãos em frente ao muro do colégio e entoou um Pai Nosso.
Depois, um dos líderes do movimento iniciou uma chamada, gritando os nomes das vítimas dos matadores — Guilherme Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25 anos —, que também morreram no ataque, na última quarta-feira (13).
O ato, que teve a participação de pessoas de todas as idades, inclusive de alunos da instituição, terminou com uma salva de palmas.
Ao longo da manhã, a escola passou por um mutirão de limpeza: piso e paredes foram esfregados com água e desinfetante, mesas e cadeiras receberam cuidados. As atividades escolares devem ser retomadas na próxima semana, em meio ao luto e a incertezas.
Estudantes que passaram pelo local, usaram tinta colorida para pintar as mãos e deixar sua marca no muro, onde foi montado um altar em homenagem aos mortos.
— Eu vi tudo. Foi horrível. Gosto da escola, mas não penso em voltar. Perdi amigos lá — disse a aluna Gesielly Tavares Silva, 16 anos.