Uma dívida de R$ 100 é apontada pela Polícia Civil como a principal motivação para a morte de uma empresária no município de Júlio de Castilhos, na região central do Estado. O corpo da vítima, Marlene Siqueira Reche, 57 anos, foi localizado por clientes, parcialmente enterrado no fundo de seu estabelecimento na manhã deste sábado (16). A principal suspeita, uma mulher de 52 anos cujo nome não foi informado, confessou o crime à tarde em depoimento na delegacia do município.
Conforme a Brigada Militar (BM), apenas o rosto de Marlene foi coberto com areia, material que estava no pátio para ser utilizado na reforma do prédio. Foram identificadas lesões na cabeça, além de hematomas nos braços.
As denúncias feitas à BM dão conta de que uma mulher havia sido ouvida na sexta-feira (15) falando que acreditava ter matado uma pessoa. Segundo o sargento Luan Fricks, foram utilizadas imagens do circuito de monitoramento do município que identificaram uma mulher com características semelhantes às da suspeita entrando e saindo da loja, localizada na Rua Senador Pinheiro Machado, no fim da tarde de sexta. Por volta das 12h30min deste sábado, os policiais militares foram à casa da suspeita.
A suspeita afirmou aos policiais que discutiu com a empresária por causa de uma dívida de R$ 100 que tinha com a vítima. Elas teriam começado a se agredir fisicamente —Marlene teria sido empurrada e batido a cabeça. Os fatos seguintes não foram narrados aos policiais.
Na delegacia, a mulher confirmou ao delegado Adriano de Rossi que matou a empresária e cobriu o rosto da vítima com areia. Apesar da confissão, a suspeita será liberada ainda neste sábado, pois não foi presa em flagrante.
— Como não houve flagrante, pois o crime ocorreu na tarde de ontem (sexta-feira), terei de pedir a prisão preventiva dela — afirma o delegado.